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Alice talvez seja a obra mais interpretada por psicólogos e psiquiatras ao redor do mundo, e sem dúvida é uma das que mais serviu de inspiração para tatuagens das gerações X, Y e Z. Segundo Martin Gardner, um dos maiores estudiosos sobre Lewis Carroll, “Como Homero, a Bíblia e todas as outras grandes obras de fantasia, os livros de Alice se prestam facilmente a qualquer tipo de interpretação simbólica — política, metafísica ou freudiana”. Essa é uma das mais divertidas descobertas quando lemos este livro: o leitor classifica por conta própria as impressões e simbologias que enxerga nos mundos criado por Carroll, cada um de nós tem seu próprio país das maravilhas. Carroll, era matemático e não pensava em ser escritor, criou o livro despretensiosamente, ao inventar uma história para três crianças durante uma viagem. Apesar de envoltos em polêmicas — obra e criador — conquistaram fãs de peso como Oscar Wilde e a própria rainha Vitória. Dentre as muitas curiosidades do livro, está o fato de que Carroll escondeu vários problemas de matemática e lógica no texto. A maioria é praticamente imperceptível para o leitor comum, principalmente por terem sido escritos usando trocadilhos do inglês vitoriano. Quando Alice encontra o Grifo, por exemplo, ele lhe diz quantas horas estudava por dia: “Dez horas no primeiro dia, nove no seguinte, e assim por diante”. Alice responde: “Nesse caso, no décimo-primeiro dia era feriado?”
Charles Ludwidge Dogson, mais conhecido como Lewis Carroll, nasceu na Inglaterra, em 1832, e morreu em 1898. É o autor de Alice no país das maravilhas, publicado pela primeira vez em 1865, um dos mais fascinantes e misteriosos livros que já foram escritos. Filho de um pastor anglicano, Carroll teve dez irmãos e cresceu em um ambiente cheio de crianças, onde aprendeu a contar histórias. Seu pai pretendia que ele também se dedicasse à vida religiosa, mas o interesse por geometria, álgebra e lógica fez com que fosse convidado a dar aulas na Universidade de Oxford. Enquanto foi professor, publicou vários livros de matemática e alguns poemas. Nessa época, conheceu Henry Liddell, que veio a ser seu grande amigo. Liddell era pai de Alice, fonte de inspiração para Alice no país das maravilhas. Carroll também foi fotógrafo amador, e colecionava fotografias de meninas entre 8 e 12 anos de idade. Por sugestão do escritor Henry Kingsley, Alice foi publicado sem especificar se era destinado para adultos ou crianças. Foi um grande sucesso, e, desde então, esta história consta entre os mais importantes textos da literatura universal, tem sido objeto de filmes, histórias em quadrinhos e álbuns de colecionar que arrebatam as crianças de várias gerações, mas também tem sido lida e estudada por muitos adultos. Já foi traduzida para mais de 30 línguas, incluindo o árabe e o chinês, e tem uma edição em braile. Foi um dos primeiros textos a circular na internet em edição virtual. Além de tratados matemáticos, livros de lógica, adivinhações e jogos, Lewis Carroll ainda escreveu Alice através do espelho, outra história famosa que envolve a mesma personagem em situações que exploram a linguagem simbólica e mostram os limites dessas formulações, assim como acontece com Alice, ao reclamar da forma repentina de aparecer e desaparecer do Gato: dessa vez, ele desaparece bem devagarzinho, começando pela cauda e acabando pelo sorriso. Alice no país das maravilhas reaviva em crianças e adultos a condição infantil, onde o sonho se confunde com a realidade. Faleceu em Guilford em 14 de janeiro de 1898.
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