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O Príncipe, escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, é uma obra clássica de filosofia política que aborda o exercício do poder e as estratégias para governar um Estado. Maquiavel se concentra na figura do príncipe, um líder que deve ser astuto e pragmático para conquistar e manter o poder. A obra examina as várias formas de governo, os desafios enfrentados pelos príncipes e a importância de se adaptar às circunstâncias, usando tanto virtude (virtù) quanto a fortuna (sorte) para alcançar seus objetivos. O autor defende que os governantes devem estar dispostos a fazer o que for necessário, incluindo ações imorais, para garantir a estabilidade do Estado e a segurança de seu domínio. O pensamento maquiavélico se distingue por sua abordagem realista e desiludida sobre a política, rejeitando ideais utópicos e focando na eficácia prática. Maquiavel sugere que a moralidade tradicional não deve ser um obstáculo à ação política, argumentando que, em certas situações, a crueldade, a traição e a manipulação podem ser ferramentas necessárias para preservar o poder. A famosa frase "os fins justificam os meios" é frequentemente associada a sua obra, refletindo a ideia de que o príncipe deve estar disposto a usar qualquer método que assegure a estabilidade do governo, mesmo que isso envolva comportamentos moralmente questionáveis. Além disso, Maquiavel dedica uma atenção especial às qualidades do príncipe, destacando que ele deve ser habilidoso em equilibrar a imagem de ser amado e temido, mas sempre priorizando ser temido a ser odiado. Ele também faz distinção entre a conquista e a manutenção do poder, recomendando que um príncipe que herdou seu poder deve agir de maneira diferente de um que conquistou o poder através de armas ou astúcia. O autor ainda discute a importância de alianças, da inteligência política e da capacidade de se adaptar às mudanças, mostrando como a flexibilidade e a sagacidade são essenciais para o sucesso no cenário político. https://docs.google.com/file/d/0B0aOxBF1_zdGcmJtM3pwRi1qVlE/edit?pli=1&resourcekey=0-XIPYIv1Lp18Vpra2xRoPlQ
Nascido em Florença, Maquiavel (1469-1527) foi o mais importante historiador, filósofo, dramaturgo, diplomata e cientista político italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da Ciência Política moderna, pela simples manobra de escrever sobre o Estado e o governo como realmente são e não como deveriam ser. Exilado de seu país em 1512 pelos Médicis, a esse afastamento se deve a maior parte das obras que imortalizaram o seu nome, das quais a mais célebre é o tratado O príncipe (concluído em 1515 mas publicado somente em 1532), em que desenvolve um sistema de política que tem por base a astúcia. As suas doutrinas concordavam então com o direito público do tempo, delas tendo surgido, pode-se dizer, toda uma literatura política que, através do século XVII, se junta à corrente de filosofia social derivada de Locke e de Montesquieu. A obra prima de Maquiavel teve, porém, numerosos contraditores, o mais célebre dos quais Frederico II. O seu nome passou à linguagem para designar um estadista sem escrúpulos. Maquiavel foi, não obstante, grande patriota e um dos maiores escritores da Itália. Entre outras das suas obras constam: Tratado da arte da guerra, Discurso sobre Tito Lívio, Histórias florentinas e algumas poesias e comédias. Maquiavel casou-se em 1502 com Marietta Corsini, de quem teve quatro filhos e duas filhas (Bernardo, Ludovico, Piero, Guido, Bartolomea e outra menina morta na primeira infância). Após o exílio exerceu atividades políticas por apenas dois anos, até sua morte, em 1527.
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