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O Ser e o Nada (L'Être et le Néant), publicado em 1943, é uma das obras mais influentes do filósofo francês Jean-Paul Sartre. A obra é um marco do existencialismo e da filosofia fenomenológica, abordando questões profundas sobre a liberdade humana, a angústia existencial e a natureza da consciência. Sartre utiliza o conceito de "ser" e "nada" para explorar a maneira como os seres humanos percebem a si mesmos e o mundo ao seu redor. A obra é dividida em três partes: a primeira trata da consciência e da noção de "nada" como parte essencial da experiência humana; a segunda discute a noção de "ser" e o conceito de liberdade absoluta; e a terceira lida com a interação entre os indivíduos, abordando o conceito de "outro" e a ideia de que a presença de outras pessoas implica em um desafio para a nossa própria liberdade. A filosofia sartreana se distancia das explicações metafísicas tradicionais e coloca o ser humano como único responsável pela criação de seu próprio sentido de vida, em um contexto de constante angústia e escolha. Para Sartre, a liberdade não é algo dado, mas algo que o indivíduo deve conquistar, sempre em confronto com o vazio do "nada" e com as limitações impostas pelas estruturas sociais.
Jean-Paul Sartre (1905–1980) foi um filósofo, escritor, dramaturgo e ativista francês, um dos principais representantes do existencialismo e do marxismo no século XX. Nascido em Paris, Sartre teve uma infância marcada pela morte precoce de seu pai, o que o deixou sob os cuidados de sua mãe e do avô. Formado na École Normale Supérieure, Sartre se interessou profundamente por filosofia, desenvolvendo um pensamento focado na liberdade individual, na responsabilidade e na angústia existencial. Sua obra mais influente, O Ser e o Nada (1943), aborda a noção de que o ser humano é livre para escolher sua própria essência, sendo responsável por suas escolhas e ações, o que gera uma constante tensão entre liberdade e responsabilidade. Além de filósofo, Sartre foi um prolífico escritor, autor de romances como A Náusea (1938) e A Idade da Razão (1945), e dramaturgo com peças como Entre Quatro Paredes (1944). Ele também se destacou como um grande crítico da sociedade e da política, especialmente durante a Segunda Guerra Mundial, quando se envolveu ativamente na resistência contra a ocupação nazista e mais tarde, na década de 1960, se aproximou de movimentos revolucionários de esquerda. Sartre via a liberdade individual como um ideal essencial, mas não hesitava em denunciar as estruturas opressivas e as injustiças sociais que limitavam essa liberdade. Em sua vida pessoal, Sartre teve um relacionamento complexo com a escritora Simone de Beauvoir, com quem compartilhou uma parceria intelectual e afetiva por décadas. Embora tenha sido um fervoroso defensor da liberdade pessoal, Sartre nunca se casou nem teve filhos, acreditando que o casamento e a família tradicional representavam formas de opressão. Sartre também foi um defensor da política marxista e, ao longo de sua vida, enfrentou críticas tanto de seus seguidores quanto de seus detratores. Em 1964, rejeitou o Prêmio Nobel de Literatura, alegando que isso comprometeria sua liberdade como escritor. Sartre morreu em 1980, deixando um legado duradouro tanto na filosofia quanto na literatura, sendo uma das figuras mais influentes do pensamento contemporâneo.
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