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O romance acompanha o príncipe Liev Míchkin, um jovem de bom coração que retorna à Rússia após anos em uma clínica suíça tratando sua epilepsia. Ingênuo e profundamente compassivo, Míchkin é visto como um “idiota” pela alta sociedade russa, justamente por sua sinceridade e bondade incomuns. Ao chegar a São Petersburgo, ele se envolve com duas mulheres: a bela e atormentada Nastássia Filíppovna e a pura Aglaia, filha da família que o acolhe. O enredo se complica quando Míchkin, por compaixão, propõe casamento a Nastássia para salvá-la de uma vida de escândalos e humilhações, mas ela é atraída pelo impulsivo e violento Parfión Rogójin, que também a deseja. As paixões, ciúmes e obsessões dos personagens conduzem a uma série de conflitos dramáticos, expondo a hipocrisia, o egoísmo e a corrupção moral da sociedade. No desfecho trágico, Nastássia é assassinada por Rogójin, e Míchkin, devastado pelo sofrimento, mergulha novamente em um estado de alienação mental. A história termina com Míchkin retornando à clínica na Suíça, e Rogójin sendo preso, deixando uma sensação de vazio e melancolia. Dostoiévski utiliza essa narrativa para questionar se a pureza e a bondade absolutas podem sobreviver em um mundo imperfeito e cruel. https://cesarmangolin.wordpress.com/wp-content/uploads/2010/08/fiodor-dostoievski-o-idiota.pdf
Fiódor Mikhailovich Dostoiévski nasceu em 11 de novembro de 1821, em Moscou, Rússia. Filho de um médico militar, cresceu em um ambiente rígido, mas teve contato precoce com literatura e religião, elementos que marcaram profundamente sua obra. Estudou engenharia militar em São Petersburgo, mas logo abandonou a carreira para dedicar-se à escrita, publicando seu primeiro romance, Gente Pobre, em 1846, que foi bem recebido pela crítica. Em 1849, Dostoiévski foi preso por participar de um grupo intelectual acusado de conspirar contra o czar. Condenado à morte, foi perdoado no último instante e enviado a um campo de trabalhos forçados na Sibéria, onde permaneceu por quatro anos. Essa experiência traumática, somada às crises de epilepsia que sofria, transformou profundamente sua visão de mundo, levando-o a refletir sobre sofrimento, redenção e a condição humana — temas centrais em seus livros. De volta a São Petersburgo, dedicou-se intensamente à literatura, escrevendo suas obras mais famosas, como Crime e Castigo (1866), O Idiota (1869), Os Demônios (1872) e Os Irmãos Karamázov (1880). Suas narrativas exploram questões psicológicas, morais e filosóficas, sendo consideradas precursoras da literatura existencialista. Dostoiévski morreu em 9 de fevereiro de 1881, deixando um legado que influenciou escritores, filósofos e psicanalistas em todo o mundo.
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