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O romance Senhora, de José de Alencar, narra a história de Aurora, uma jovem órfã de família humilde que, por uma questão de herança, torna-se rica. Com essa mudança de condição social, ela passa a ter poder de decisão sobre sua vida e suas relações, especialmente no que diz respeito ao casamento. A obra explora o conflito entre amor verdadeiro e interesses financeiros, mostrando como a sociedade valoriza riqueza e status acima de sentimentos genuínos. Aurora é cortejada por Fernando Seixas, um homem que havia pedido sua mão antes de ela se tornar rica, mas que a havia abandonado por ambição. Ao reencontrá-lo, ela decide testar suas intenções e impõe condições para um possível casamento, usando sua fortuna como instrumento de poder e independência. O romance mostra a astúcia de Aurora em lidar com o jogo social da época, equilibrando orgulho, vingança e amor. Além do romance pessoal, "Senhora" faz uma crítica à sociedade carioca do século XIX, que valorizava o dinheiro e as aparências acima da moral e dos sentimentos. A narrativa evidencia a posição das mulheres na sociedade e a forma como a riqueza podia alterar o destino e a liberdade feminina. José de Alencar constrói, assim, uma história envolvente que combina amor, crítica social e análise de costumes.
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829, na cidade de Fortaleza, no Ceará. Formou-se em Direito pelo Colégio do Recife e, desde cedo, mostrou interesse pelas letras e pela política. Além de escritor, Alencar teve atuação destacada como político e jornalista, sendo deputado provincial e mais tarde senador. Sua carreira literária se destacou no Romantismo brasileiro, contribuindo para a valorização da cultura e da identidade nacional. Alencar é conhecido por obras que exploram diferentes aspectos da sociedade brasileira do século XIX. Seus romances podem ser divididos em três grupos: os romances urbanos, como Senhora e Lucíola, que tratam da sociedade carioca e questões de costumes; os romances indianistas, como Iracema e O Guarani, que idealizam a figura do índio brasileiro; e os romances regionalistas, que retratam a vida e os costumes do sertão nordestino. Em suas obras, destacam-se temas como amor, moralidade, ambição e críticas sociais, sempre com uma linguagem elegante e envolvente. José de Alencar faleceu em 12 de dezembro de 1877, no Rio de Janeiro, deixando um legado profundo na literatura brasileira. Suas obras continuam estudadas até hoje, sendo referência tanto na escola quanto na academia, e influenciaram gerações de escritores. Alencar é lembrado não apenas como romancista, mas também como um dos grandes formadores da identidade literária do Brasil, valorizando elementos nacionais e culturais em suas histórias.
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